O escritor de “O Avesso da Pele”, Jeferson Tenório chega à Bienal do Livro Bahia para discutir a censura de textos literários na atualidade. O painel intitulado “Livros e Liberdade” será no dia 27 de abril, no Café Literário, com participação da baiana Lívia Natália e do jurista Conrado Hubner Mendes.
Sob a mediação de Flávio Novaes, os convidados debaterão sobre o cerceamento da liberdade de expressão, o controle de conteúdo em obras diversas no cenário brasileiro e vivências pessoais e profissionais sobre o tema.
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Obras literárias censuradas no Brasil
Jeferson Tenório teve exemplares do livro “O Avesso da Pele" recolhidos de 75 escolas públicas de Mato Grosso do Sul, após determinação do governador Eduardo Riedel (PSDB), em março deste ano.
A obra foi acusada de infringir o Estatuto da Criança e do Adolescente e foi retirada também das escolas em Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul. O autor traz denúncias contra o racismo e violência policial.
O poema “Quadrilha”, de Lívia Natália, também foi censurado em outdoors de Ilhéus, em 2016, por trazer à tona a violência policial contra populações negras, o mesmo mote central de “O Avesso da Pele”.
Já o professor Conrado Hubner Mendes, autor de obras como “O discreto charme da magistocracia”, tem sofrido tentativas de censura por conta de suas opiniões e da atuação pública em colunas de jornais.
Bienal do Livro Bahia
A Bienal do Livro acontece entre os dias 26 de abril e 1º de maio de 2024, no Centro de Convenções da capital baiana. É esperado que o evento, que trará novidades, atraia um público maior que a edição anterior em 2023, que teve o total de 90 mil visitantes.
Os ingressos para Bienal 2024 estão disponíveis na plataforma Sympla e o valor vai de R$ 15 a R$ 30. São isentas de pagamento as crianças de até 1 metro de altura. Idosos, pessoas com deficiência e estudantes - em situação de vulnerabilidade - têm direito à meia-entrada.